Magnetos fortificados das RM de alto campo podem
influir nos fluidos que circulam nos canais semicirculares do ouvido interno
causando vertigem ou sensação de queda livre em alguns pacientes que se
submetem ao exame, afirmaram pesquisadores do Johns Hopkins University em
estudo publicado recentemente.
A condição é mais prevalente com os novos e potentes
sistemas dos aparelhos de ressonância magnética de alto campo e podem ocorrer
com maior frequência nos estudos de ressonância funcional (fMRI)que monitoram
atividades cerebrais, em diversas circunstancias , de acordo com os autores.
O estudo foi conduzido por Dale Roberts, engenheiro
sênior e pesquisador do Departamento de Neurologia. Para determinar o mecanismo
por trás da vertigem induzida pela RM , o grupo avaliou canais semicirculares
do ouvido interno de 10 voluntários com labirinto saudável. Também foram
avaliados por RM dois voluntários com labirintite.
Roberts e colegas avaliaram vertigem tanto pela
descrição dos voluntários como pela observação de movimentos oculares
involuntários que refletem a detecção cerebral de movimentos. O experimento foi
realizado em escuridão total devido à possibilidade alguns estímulos visuais
serem capazes de suprimir o movimento dos olhos.
Câmeras de visão noturna demonstraram que todos tiveram
movimentos oculares involuntários, porém os dois voluntários com distúrbios
prévios no sistema vestibular não tiveram movimentos involuntários dos olhos,
sugerindo que de fato o labirinto desempenha um papel chave na vertigem induzida
por RM.
Os pesquisadores também testaram os sistemas MRI de
diferentes intensidades de campos magnéticas com diversos períodos de tempo em
voluntários. Além disso, eles monitoraram os referidos movimentos involuntários
quando eram realizados movimentos para dentro e para do fora do tubo com o
objetivo de medir o impacto da proximidade ou da direção do campo magnético nos
centros de equilíbrio.
Roberts et all concluíram que campo magnéticos mais
altos causaram movimentos involuntários dos olhos mais rápidos e de maneira
mais significativa que continuaram durante todo o tempo que os voluntários
permaneceram na maquina, independentemente da duração da experiência.
A direção dos movimentos oculares também mudou baseado
em qual forma os voluntários entraram no tubo da RM, sugerindo que este efeito
possa ser direcionalmente sensitivo.
Os achados têm implicações para os estudos RM funcional
que medem a atividade cerebral através da avaliação do fluxo sanguíneo enquanto
os voluntários desempenhavam algum tipo de tarefa.
O RM por si só pode ter causado atividades cerebrais
imperceptíveis relacionadas ao movimento e equilíbrio, potencialmente afetando
os resultados finais MRI.
“Pudemos demonstrar que mesmo quando aparentemente não
estava acontecendo no cérebro enquanto os voluntários eram examinados muito do
que acontecia era por si só efeito da própria Ressonância” comentou Roberts.
“Esses efeitos devem ser levados em consideração ao se analisar imagens
funcionais que espelham atividade cerebral”.
Também foi relatado no trabalho que RM de alto campo pode ser utilizado para estimular o labirinto com objetivo de diagnosticar e tratar desordens do ouvido interno e alterações do equilíbrio, de forma mais confortável e não invasiva.
Também foi relatado no trabalho que RM de alto campo pode ser utilizado para estimular o labirinto com objetivo de diagnosticar e tratar desordens do ouvido interno e alterações do equilíbrio, de forma mais confortável e não invasiva.
Fonte: Auntminnie
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