Além de revolucionar o diagnóstico e o
tratamento de doenças e fraturas, a descoberta dos raios X também permitiu a
aplicação da tecnologia radiológica no universo jurídico e social. A análise e
resolução de crimes, acidentes e investigações cíveis com precisão cirúrgica se
tornou possível graças à habilidade de “enxergar os acontecimentos por dentro”.
O Instituto Victoriano de Medicina Forense
(VIFM, em inglês) alega que tudo começou com o próprio Röntgen, na Alemanha.
Alguns meses depois de encontrar o cumprimento de onda que denominou “raios X”,
ele detectou uma bala alojada em uma vítima. A imagem foi usada como prova em
um tribunal para processar o acusado do disparo por tentativa de homicídio.
O profissional habilitado que deseja
trabalhar nesse segmento encontra mercado, uma vez que a natureza da atividade
acaba por afastar a maioria dos técnicos, tecnólogos e estudantes, que optam
preferencialmente por áreas no atendimento á saúde. Quem tem interesse pela
área investigativa, pode encontrar carreiras promissoras nos órgãos de
segurança e fiscalização.
Investigação de mortes, casos de abuso
sexual, agressões. São vários os segmentos em que a Radiologia Forense pode
atuar juridicamente na elaboração de pistas, provas e decisões. O técnico em
Radiologia Dhiego Gumieri, por exemplo, trabalha há três anos com a prática
forense no Hospital Regional de Cáceres (MT). O local fica na faixa de
fronteira do Brasil com a Bolívia e possui serviço de inspeção no combate ao
tráfico de drogas.
“Aplicamos técnicas de inspeção
Ante-Mortem, ou seja, antes do individuo morrer, naqueles que fazem ingestão de
cápsulas de entorpecentes (chamados de mulas-humanas). Por meio das imagens,
posso fazer o diagnóstico médico, que serve tanto para salvar a vida dessas
pessoas quanto para providenciar provas de investigação policial para combater
esse tipo de crime”, explica.
Atualmente, Dhiego busca aprimorar seus
conhecimentos na área por meio da pós-graduação em perícia criminalística. Para
aqueles que buscam entrar nesse mercado, o técnico recomenda o acompanhamento
do processo tecnológico, softwares e programas da área, bem como o estudo
constante de técnicas de reprodução de imagens como peças jurídicas. “É uma
área em ascensão e que está se transformando. Na prática forense, a Radiologia
se apresenta como um método prático, rápido e objetivo de auxiliar o poder
judiciário. Esse papel é extremamente gratificante”, finaliza.
Fonte: Conter
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