O Hospital Regional do Agreste (HRA), a maior
emergência do interior de Pernambuco, referência em traumatologia, apesar dos
investimentos do Governo do Estado nesses últimos anos, o serviço de raios X da
unidade não foi contemplado.
A falta de investimento no setor tem
colocado em cheque os exames radiográficos, pois com a baixa qualidade das imagens, o
risco de um médico cometer um erro no diagnóstico de algumas patologias, aumenta.
Todo paciente admitido no hospital passa
pelo setor de raios X para ser submetido a algum tipo de exame
radiológico.
O sucateamento dos equipamentos emissores
de radiação ionizante tem transformado os corredores da unidade em um cemitério
de equipamento de raios X quebrados.
A infraestrutura do serviço, também é outro
problema. O estado deplorável do local é de impressionar, com banheiro interditado
por falta de reparo, forro do teto ameaçando cair e instalações elétricas expostas,
colocam em risco a segurança de trabalhadores e pacientes.
Em abril deste ano, um grupo de servidores, encaminhou um relatório à direção do HRA pedindo providências, mas o
José Bezerra, diretor geral da unidade, não se pronunciou sobre o assunto.
O mesmo relatório foi encaminhado para o Conselho
Gestor do HRA, a Secretaria Estadual de Saúde (SES/PE), ao Conselho
Estadual de Saúde (CES/PE), ao Ministério Público (MPPE) e Conselho Regional de
Técnicos em Radiologia (CRTR-15ª RA). Até o fechamento deste artigo, não obtivemos
pronunciamento oficial dos citados órgãos.
A Gestão de Engenharia e Manutenção, a Gestão
de Suprimento e a Direção Médica, encaminharam ao setor demandante, um mês após
o relatório ter sido protocolado, um documento informando que alguns dos pleitos
já tinham sido atendidos e outros estavam em andamento e estabelecia prazos
para a concretização das demandas.
Um dos autores do relatório, Roberto
Marinho, esteve presente na reunião ordinária do CES/PE (13/08/2014), a convite
da presidenta do Conselho Gestor (HRA) para expor o problema ao pleno. Na
oportunidade, estavam presentes toda represetação da executiva da SES/PE.
No seu discurso, o Marinho, fez duras
críticas a política de recursos humanos do Governo do Estado e expôs a problemática
do setor de raios X do HRA, cobrando compromisso do gestores para com os
trabalhadores. “É inadmissível que os
trabalhadores da saúde estejam executando suas atividades em condições precárias
por causa da irresponsabilidades do Estado que não age energicamente contra a
política de ingerência implantada no HRA”. Disse o autor do relatório.
A Ivette Maria Buril de Macêdo (SES/PE), em
resposta ao Marinho, afirmou que todas as questões do relatório, já
tinham sido atendidas e que estava tudo sob controle no setor de raios X do HRA.
No encerramento das falas, o Marinho mais uma vez fez usou o espaço e foi categórico em afirmar em seu discurso, "que a secretária
estava equivocada quanto as informações que ela tinha obtida da direção
do HRA", e a convidou para visitar o setor pra constatar que a direção geral do
hospital mentiu sobre o tema.
Segundo informações de bastidores, o MPPE
visitou o setor de raios X e que exigiu do gestor o problema fosse sanado e estabeleceu um prazo (27/08/2014) que não
foi cumprido. Sete meses depois do relatório ter sido protocolado o problema continua.
Até quando as autoridades constituídas do Estado vão continuar fechando os olhos para o problema?
Fonte: A
Hora de Renovação
Nenhum comentário:
Postar um comentário