O uso da
ressonância magnética pode ajudar no futuro a diagnosticar casos de autismo,
aponta um estudo a ser publicado na edição de agosto da revista científica
“Radiology” (radiologia, em inglês) e divulgado nesta terça-feira (31). A
pesquisa foi conduzida por cientistas da Universidade de Columbia, em Nova
York.
O autismo é um
conjunto de doenças neurológicas que fazem o paciente ter dificuldades para se
comunicar e interagir com outras pessoas.
Os médicos
norte-americanos contaram com a participação de 27 jovens com média de 12 anos
de idade. Quinze deles formaram o grupo controle do experimento e eram
saudáveis. Os outros 12 eram autistas e tinham dificuldades na fala.
Durante a pesquisa,
os garotos passaram por exames de ressonância magnética funcional - enquanto
escutavam gravações com as vozes de seus pais. Com as imagens geradas, é
possível ver quais áreas do cérebro recebem mais sangue durante a realização de
uma tarefa e medir o nível de atividade dos tecidos do órgão.
Após o estímulo,
foram medidos os níveis de atividade em duas áreas do cérebro dos
participantes: o córtex auditivo primário (A1) e uma parte do lobo temporal
ligada à compreensão de sentenças (STG, na sigla em inglês).
Na região A1, as
atividades do cérebro não foram diferentes entre os dois grupos. Já na segunda
área estudada, os jovens saudáveis apresentaram uma atividade maior na
comparação com os jovens autistas.
Para Joy Hirsch,
professor no Centro Médico da universidade e diretor de um laboratório
especializado em ressonância magnética, os resultados mostram como o autismo
reduz a comprensão de narrativas.
Segundo o
especialista, o diagnóstico dos tipos de autismo é difícil, mesmo com a alta
prevalência - de acordo com o Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDCP,
na sigla em inglês), órgão do governo dos EUA, uma em cada 110 crianças são
afetadas pela doença. Normalmente, a descoberta da doença acontece após pais e
médicos estranharem o comportamento da criança.
Fonte: G1
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