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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Pesquisadores diminuem duração de ressonância magnética


Pesquisadores do laboratório de eletrônica do MIT (Instituto Tecnológico de Massachusetts) desenvolveram um algoritmo que pode reduzir em 30 minutos a duração de um exame de ressonância magnética.
As máquinas de ressonância magnética são fundamentais para detectar sintomas iniciais de câncer e outras anomalias. Para isso, utilizam fortes campos magnéticos e ondas de rádio para gerar imagens do corpo.
Dentro dos scanners é captada uma área do paciente, com uma sucessão de imagens da mesma parte do corpo para gerar uma comparação entre as mesmas.
Com o estudo da variação dos contrastes, segundo os diferentes tipos de tecido, os radiologistas podem detectar anomalias sutis, como um tumor em desenvolvimento.
Obter várias imagens de uma mesma região requer muito mais tempo do que uma simples radiografia, por isso os pacientes ficam dentro do scanner por cerca de 45 minutos, tempo que para alguns parece uma eternidade.
Este tempo agora pode ser reduzido graças a um algoritmo criado pelos pesquisadores do MIT dirigidos por Elfar Adalsteinsson, professor de Engenharia Elétrica e Ciências da Computação e também de Ciências da Saúde e Tecnologia, e Vivek Goyal, professor de Engenharia Elétrica e Ciências da Computação.
O algoritmo utiliza as informações obtidas pela primeira comparação para ajudar a produzir as imagens posteriores.
Dessa forma, o leitor não precisa começar do zero cada vez que produz uma imagem diferente, o que ajuda a reduzir consideravelmente o tempo de realização de cada prospecção posterior.
O software busca as características comuns a todas as análises, como a estrutura anatômica básica, afirmou Adalsteinsson, cujo trabalho será publicado na revista especializada "Magnetic Resonance in Medicine".
De acordo com Goyal, o algoritmo, porém, não pode impor muita informação da primeira prospecção nas subsequentes, porque se corre o risco de perder as características do tecido revelado pela comparação.
O resultado é uma imagem de ressonância magnética três vezes mais rápida, garantem os autores do estudo, que agora estão trabalhando para melhorar ainda mais o algoritmo e acelerar o tempo para processamento dos dados da imagem bruta. O propósito é antecipar o tempo gasto na análise.
Fonte: Folha de S.Paulo

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