A massa encefálica
acima é de Kayt Sukel, repórter da revista New Scientist que teve o cérebro
escaneado por uma ressonância magnética enquanto se masturbava até obter um
orgasmo. O exame fez parte de um estudo conduzido por Barry Komisaruk, da
Universidade de Rutgers, cujo tema da pesquisa é justamente esse: saber as
respostas cerebrais durante a obtenção do prazer até o seu ápice, especialmente
das mulheres. Coisa boa de se ver!
As
pesquisas de Komisaruk já começam a identificar padrões interessantes, como a
existência de vários caminhos neurológicos do prazer no cérebro, e uma espécie
de ativação de segunda consciência quando se está
excitado (o que talvez explique porque principalmente homens tomam decisões
imbecis quando usam a libido pra pensar).
Os
motivos para uma pesquisa que parece tão trivial são bastante sérios: não se sabe
muito sobre orgasmos, mesmo que eles sejam parte integrantes da existência
humana. Entendê-los poderia melhorar nosso dia-a-dia (segundo o rechaçado e
perseguido Wilhelm Reich, a repressão sexual é o maior mal da história
humana, principalmente quando feita por motivos essencialmente políticos), e
ainda ajudar no tratamento de várias doenças (é isso que diz a matéria, ao
menos).
Outras
razões são ainda mais importantes: estima-se que 25% das mulheres americanas
têm dificuldades em atingir o orgasmo, enquanto entre 5% e 10% delas nunca
sentiram um. E conhecer os caminhos químicos e cerebrais do orgasmo poderia
ajudar no tratamento dessas questões.
Ao
todo são mais de 30 áreas ativadas pelo cérebro durante o clímax, incluindo o
córtex pré-frontal - especialmente nas mulheres - que é mais usado quando rola
imaginação e fantasia durante o processo de obtenção do prazer. As poucas
conclusões são ainda bem preliminares (sem trocadilhos), mas já mostram
diferenças notáveis entre o orgasmo atingido com um parceiro e a masturbação,
por exemplo.
Fonte: New Scientist
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